Bandeira do Piauí
A bandeira do Piauí é um dos símbolos oficiais do estado do Piauí, uma subdivisão doBrasil. Foi adotada oficialmente através da lei nº 1.050, promulgada em 24 de julho de 1922 e alterada posteriormente pela lei ordinária no 5.507, de 17 de novembro de 2005. Afaixa governamental do Piauí é confeccionada nas cores da bandeira e do brasão do estado.
Seu desenho consiste em um retângulo de proporção largura-comprimento de 7:3, dividido em treze listas horizontais de mesma largura nas cores verde e amarelas intercaladas. Na parte superior direita há um cantão com largura igual à largura de cinco linhas horizontais na cor azul em uma estrela branca no centro. Abaixo da estrela branca está escrito em branco a inscrição em letras brancas serifadas: "13 DE MARÇO DE 1823".
Cores
As cores utilizadas na bandeira (verde, amarelo, azul e branco), não possuem suas tonalidades especificadas em lei. No entanto, o manual de identidade visual do governo do estado do Piauí especifica as seguintes cores para confecção da marca do governo (que apresenta um versão estilizada da bandeira):
Cor | Nome | CMYK | sRGB | Hexadecimal | Pantone |
---|---|---|---|---|---|
Azul | 100/0/70/0 | 11/16/151 | 0B1097 | 294C (brilho), 288M (fosco) | |
Verde | 70/0/100/10 | 86/161/52 | 56A134 | 362C (brilho), 369M (fosco) | |
Amarelo | 15/100/0/0 | 255/213/0 | FFD500 | 108C (brilho), 109M (fosco) | |
Branco | 0/0/0/0 | 255/255/255 | FFFFFF |
Simbolismo
As cores principais da bandeira são as mesmas da bandeira do Brasil e são uma representação da integração do estado com o Brasil, separadamente cada cor tem um significado específico:
- O amarelo representa a riqueza mineral;
- O verde a esperança.
Além das cores, outros elementos presentes na bandeira também representam:
- A estrela remete a Antares, que na bandeira nacional simboliza o estado do Piauí;
- A inscrição dentro do retângulo azul "13 DE MARÇO DE 1823", que foi introduzida na alteração de 2005, que foi o dia da batalha do Jenipapo.
Antiga bandeira do Piauí, utilizada entre 24 de julho de 1922 a 1937, e 1946 a 2005.
Verso da bandeira do Piauí.
Brasão do Piauí
Hino do Piauí
O Hino do Piauí é uma composição do poeta Antônio Francisco da Costa e Silva, com música de Firmina Sobreira Cardoso e Leopoldo Damascena Ferreira, foi adotado pela Lei 1078 de 18 de julho de 1923.
Sua letra foi composta por ocasião das comemorações do centenário da adesão do Piauí à Independência do Brasil, que ocorreu, entre outras datas, com a Batalha do Jenipapo em 13 de março de 1823.
Letra do Hino do Estado do Piauí
Salve! terra que aos céus arrebatas
Nossas almas nos dons que possuis:
A esperança nos verdes das matas,
A saudade nas serras azuis.
Piauí, terra querida,
Filha do sol do equador,
Pertencem-te a nossa vida,
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba,
Rio abaixo, rio arriba,
Espalhem pelo sertão
E levem pelas quebradas,
Pelas várzeas e chapadas,
Teu canto de exaltação.
Desbravando-te os campos distantes
Na missão do trabalho e da paz,
A aventura de dois bandeirantes
A semente da Pátria nos traz.
Sob o céu de imortal claridade,
Nosso sangue vertemos por ti,
Vendo a Pátria pedir liberdade,
O primeiro que luta é o Piauí.
Piauí, terra querida,
Filha do sol do equador,
Pertencem-te a nossa vida,
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba,
Rio abaixo, rio arriba,
Espalhem pelo sertão
E levem pelas quebradas,
Pelas várzeas e chapadas,
Teu canto de exaltação.
Possas tu, no trabalho fecundo
E com fé, fazer sempre o melhor,
Para que, no conceito do mundo,
O Brasil seja ainda maior.
Possas tu, conservando a pureza
Do teu povo leal, progredir,
Envolvendo na mesma grandeza
O passado, o presente e o porvir.
Piauí, terra querida,
Filha do sol do equador,
Pertencem-te a nossa vida,
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba,
Rio abaixo, rio arriba,
Espalhem pelo sertão
E levem pelas quebradas,
Pelas várzeas e chapadas,
Teu canto de exaltação.
Estrofe Contestada
É consenso entre historiadores atuais que a 3ª estrofe do hino do Piauí faz mensão poética a dois bandeirantes de forma a apologiar as violências cometidas por eles contra os povos nativos no respectivo período histórico. As discussões sugerem a troca da estrofe em questão e que a Assembléia Legislativa autorize a realização de um concurso para essa finalidade ou que seja reintroduzida a antiga estrofe.
A respeito cita-se Adrião José Neto: “na estrofe ‘Desbravando-te os campos distantes/Na missão do trabalho e da paz/A aventura de dois bandeirantes/A semente da pátria nos traz’, o autor ao exaltar os dois bandeirantes (Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso Mafrense), fala em ‘aventura’ e ‘na missão do trabalho e da paz’ sem, contudo, atentar para o detalhe de que aventura é coisa de aventureiro, e que o trabalho ou um dos trabalhos dos bandeirantes era guerrear contra os índios para lhes tomar terras e aprisionar os sobreviventes para o trabalho escravo. A paz propalada pelo poeta constitui-se apenas tão somente numa rima. Nessa missão rotulada pelo poeta como do ‘trabalho e da paz’, eles, os dois bandeirantes e muitos outros aventureiros promoveram a guerra. Como comandantes das expedições paramilitares, patrocinaram grandes carnificinas, matando, esfolando e exterminado nações inteiras, dando péssimo exemplo aos seus seguidores [Elites latifundiárias], que não sossegaram enquanto não eliminaram o ultimo índio de solo piauiense”. (José Neto, Adrião. A incoerência histórica do hino do Piauí e verdades estabelecidas. Teresina; Ed. do autor, 2006). Outra se fundamenta assim, pelo pesquisador piauiense Roberto Alencar: "O Hino do Piauí contém um dos mais graves erros históricos cometido pelo poeta Da Costa e Silva, considerado o maior poeta piauiense. Isso, se considerarmos o processo de revisão pelo qual passou a História Oficial, hoje intitulada de Nova História. Leia-se a estrofe em que esse erro é cometido: “Desbravando-te os campos distantes/ Na missão do trabalho e da paz/ A aventura de dois bandeirantes/ A semente da pátria nos traz".
Os dois bandeirantes citados em tal estrofe são Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso Mafrense. Estes personagens históricos tiveram uma missão totalmente oposta à de promover o trabalho e a paz. São considerados pelos novos historiadores como os principais exterminadores dos povos indígenas das terras brasileiras. O massacre realizado por eles foi tão cruel que terminou por exterminar, por exemplo, todos os índios do Piauí. Pode-se dizer que os dois foram fixados nas páginas da História do Brasil para sempre, mas como assassinos frios, cruéis e “sangrinolentos”. Domingos Jorge Velho, também, foi o paulista contratado para destruir o Quilombo de Palmares em 1694, localizado em Alagoas.
Link para baixar o hino do Estado do Piauí no site 4shared:
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